quinta-feira, 23 de setembro de 2010

MEU EPITÁFIO.

" Morta... serei árvore,
serei tronco, serei fronde
e minhas raízes
enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.

Enfeitei de folhas verdes
a pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.

Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos. "

- Cora Coralina - 

.....................

 Cora Coralina  , pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas,  (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985), é a grande poetisa do Estado de Goiás. Em 1903 já escrevia poemas sobre seu cotidiano, tendo criado, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas femininos "A Rosa". 
Em 1910, seu primeiro conto, "Tragédia na Roça", é publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. Em 1911 conhece o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas, com quem foge. Vai para Jaboticabal (SP), onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. Seu marido a proíbe de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922. 
Em 1928 muda-se para São Paulo (SP). Em 1934, torna-se vendedora de livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em 1976, é lançado "Meu Livro de Cordel", pela editora Cultura Goiana. 
Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo o Brasil.

17 comentários:

  1. Que venha a primavera, florindo, colorindo, perfumando, Feliz Primavera! bjs

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  2. Ei, queridona! (:

    Vim agradecer a visita. Agora, não sei se você entendeu, mas o texto é meu e não do poeta. A única coisa dele ali é a frase inicial: "os delírios verbais me terapeutam."

    Beijoca.

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  3. Este poema é maravilhoso.
    Parece uma prece nascida da alma e que cruza os tempos e as vontades por raízes que vivem sempre.

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  4. E se for árvore... Sera vida!

    Abraços Imundos!

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  5. Querida amiga, feliz primavera, que ela venha cheia de flores, amores e vida. Beijocas

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  6. Silvana

    Ler Cora Coralina é presente para todo poeta.

    Este então...

    O poeta deixa suas marcas quando parte, fica para sempre com aquele que vê o mundo com o coração.

    Bjs
    Chris

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  7. Querida Silvana, quero envelhecer assim, como Cora, com amor suficiente para contemplar... uma mulher adiante do seu tempo. Lembrei-me da canção 'Grão' do Gil, falando da semente:'morre e nasce trigo, vive e morre pão...' É o feminino nele que tem essa sensibilidade. Gostei muito também da imagem que você postou. Beijos

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  8. Adorei seu blog, simplesmente encantador. Voltarei muitas vezes!
    Beijos

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  9. Doce poema!
    Seu blog é lindo!
    Obrigada pela visita!
    =D

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  10. De fato uma prece.

    Linda de se ler, ouvir e se relembrar!

    Beijos

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  11. Este poema é maravilhoso! Obrigado pelo seu comentario no meu blog!

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  12. cora coralina é bom demais, demais. aleás, as referências postadas em teu blog são maravilhosas. beijos.

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  13. Oi Silvana! Estou feliz de ter tua companhia lá na minha casinha!
    Obrigada!
    Beijos!

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  14. adorei seu blog
    é lindo
    estou te seguindo tmbm
    bjs

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  15. Lindo texto!
    Obrigada pela visita flor!!!
    Beeeijos

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  16. Um epitáfio maravilhoso de Cora Coralina. parabéns pelo blog!

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  17. Oi, minha fadinha amada!
    Vim retribuir o seu carinho e a sua presença que me faz tão feliz!

    PRIMAVERA...


    “No balé das cores,
    Desfilando orquídeas
    Vejo minha vida
    Como reprise...

    Olhos brilhantes
    De sonhos tantos...
    Mágico instante
    Doce release...

    Fui primavera
    De harmonia , beleza
    Tantas certezas...

    Bela estação é esta!
    Mas, de certo, agora
    Sei apenas que chega... E vai embora...” (Rose Felliciano)

    Desejo um final de semana cheio de alegrias pra você!

    Beijinhos, muitos!

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