sábado, 28 de agosto de 2010

DESENCANTO.

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.


- Manuel Bandeira -

12 comentários:

  1. Sil, passo para ler suas belas escolhas e pra deixar um fim de semana cheio de magias...
    Beijinhos

    ResponderExcluir
  2. querida sil, linda escolha.. lindo desencanto...

    Beijos na alma e abençoado fim de semana!

    ResponderExcluir
  3. Querida amiga, tenha um lindo final de semana..Beijocas

    ResponderExcluir
  4. Salve Manuel Bandeira!! Um grande abraço Silvana, boa noite, bom final de semana ;)

    ResponderExcluir
  5. "...eu faço versos como quem chora..." gostei muito do poema
    Boa semana
    Beijinhos

    ResponderExcluir
  6. um espaço de bom gosto, com uma selecção cuidada e criteriosa.
    parabéns!

    ResponderExcluir
  7. Tem dias que sinto como se a emoção que eu sentia em realizar certas atividades fosse modificada, comprometida; é desse toque de sentidos que precisamos para movimentar o desenho de uma poesia, pintura, música ou dança... É essencial senti-los para viver, ainda que sejam de "De desalento... de desencanto".

    Um beijo e um lindo domingo!

    ResponderExcluir
  8. Olá, Sil
    Esse seu jeito de postar é bem acolhedor pois traz verdadeiro alento à alma da gente. Obrigada.
    Tenha ótimo Domingo cheio de paz interior.
    Abraços fraternos

    ResponderExcluir
  9. um dos primeiros poemas mais antigos que ja li e gostei foi do manoel bandeira, 'o bicho'
    eu adoro o jeito dele escrever

    ResponderExcluir
  10. Mais um post enriquecedor...

    Fique na paz

    ResponderExcluir
  11. Nem tenho o que comentar com esta escolha (rs). Adoravel

    ResponderExcluir