Adeus cimos e vales e veredas,
e bosques e clareiras e campinas
soltas ao vento, sacudindo as crinas
das espigas do sol na luz de seda.
Adeus troncos e copas e alamedas,
esmeraldas selvagens que as neblinas
salpicavam de prata, adeus colinas
que iam subindo como labaredas
de cobalto no ar... Adeus beleza
irrepetível, que me viu nascer
e toca-me deixar: a natureza
também é feita de deixar de ser,
e eu levo agora a sombra e deixo a presa
à inevitável luz do amanhecer.
e bosques e clareiras e campinas
soltas ao vento, sacudindo as crinas
das espigas do sol na luz de seda.
Adeus troncos e copas e alamedas,
esmeraldas selvagens que as neblinas
salpicavam de prata, adeus colinas
que iam subindo como labaredas
de cobalto no ar... Adeus beleza
irrepetível, que me viu nascer
e toca-me deixar: a natureza
também é feita de deixar de ser,
e eu levo agora a sombra e deixo a presa
à inevitável luz do amanhecer.
- Bruno Tolentino -
A natureza também é feita do deixar de ser: maravilha!
ResponderExcluirBeijos
Querida amiga, lindo demais esse poema..Tenha um lindo final de semana..Beijocas
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