"No meu sonho desfilam as visões,
Espectros dos meus próprios pensamentos,
Como um bando levado pelos ventos,
arrebatado em vastos turbillhões...
Num espiral, de estranhas contorções,
E donde saem gritos e lamentos,
Vejo-os passar, em grupos nevoentos,
Distingo-lhes, a espaços, as feições...
-Fantasmas de mim mesmo e da minha alma,
Que me fitais com formidável calma,
Levados na onda turva do escarcéu,
Quem sois vós, meus irmãos e meus algozes?
Quem sois, visões misérrimas e atrozes?
Ai de mim! ai de mim! e quem sou eu?!...".
Espectros dos meus próprios pensamentos,
Como um bando levado pelos ventos,
arrebatado em vastos turbillhões...
Num espiral, de estranhas contorções,
E donde saem gritos e lamentos,
Vejo-os passar, em grupos nevoentos,
Distingo-lhes, a espaços, as feições...
-Fantasmas de mim mesmo e da minha alma,
Que me fitais com formidável calma,
Levados na onda turva do escarcéu,
Quem sois vós, meus irmãos e meus algozes?
Quem sois, visões misérrimas e atrozes?
Ai de mim! ai de mim! e quem sou eu?!...".
- Antero de Quental -
E assim se percebe como Antero de Quental sofreu, a ponto de pôr fim à sua vida. É um belo soneto de sofrimento e desordem emocional.
ResponderExcluirJorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 17/11/2010
Olá Silvana,
ResponderExcluirFantasmas, sombras e muito sofrimento!
Não deixando porem de ser belo!
Bjs dos Alpes
Quantas dores...
ResponderExcluirQuanto sofrimento.
Porem belo poema.
bjos achocolatados
Maravilhoso este poema! Amei!
ResponderExcluirEu não o conhecia ainda... valeu a leitura!
Beijos
Bonito poema, soneto, de Antero de Quental.
ResponderExcluirO mundo interior dos nossos sonhos e os fantasmas dos nossos pensamentos.
Adoro Antero de Quental!
ResponderExcluirQue belo poema você selecionou!
Aliás, como sempre...
Grande abraço, Silvana!
Neste turbilhão anda minha alma. lindissimo poema.
ResponderExcluirbjs. linda
Querida Silvana, percebo que este 'turbilhão' atormenta a alma de muitos artistas, por causa da sensibilidade aguçada, que, para mim, é atributo essencial da inteligência. Nós outros, os mortais, vamos nos satisfazendo com nossas ninharias cotidianas... Bela postagem, triste mas verdadeira. Um beijo para você.
ResponderExcluirAngela
http://noticiasdacozinha.blogspot.com
Bela escolha, como sempre!
ResponderExcluirbelo poema obrigado por postar
ResponderExcluirsaudades de voce..
beijos!!
Olá, Sil querida
ResponderExcluirDescrever a luta pelo autoconhecimento em forma de verso é suavisar a descoberta...
Dê uma olhada no meu post de anteontem (Domingo), por gentileza:
Estou fazendo uma semana de reflexões com textos sobre o silêncio, acompanha,tá?
Saudações com votos de paz e alegria no início da nova semana.
Bjs