"Não me move, meu Deus, para querer-te
O céu que me hás um dia prometido:
E nem me move o inferno tão temido
Para deixar por isso de ofender-te.
Tu me moves, Senhor, move-me o ver-te
Cravado nessa cruz e escarnecido.
Move-me no teu corpo tão ferido
Ver o suor de agonia que ele verte.
Moves-me ao teu amor de tal maneira,
Que a não haver o céu ainda te amara
E a não haver o inferno te temera.
Nada me tens que dar porque te queira;
Que se o que ouso esperar não esperara,
O mesmo que te quero te quisera".
(De autor espanhol não identificado)
- Tradução de Manuel Bandeira -
Cristo crucificado por tanto ter-nos amado. Poesia que toca o coração. Obrigada pela partilha Silvana. Beijos, boa tarde :)
ResponderExcluirQuerida amiga, lindo poema. Tenha uma excelente semana. Beijocas
ResponderExcluirSilvana, acho que minha fé passa por aí: não almejo o céu, não temo o inferno, acho que tudo depende de nossas escolhas. Quem me (co)move é mesmo este nazareno, e sua história, contada de tantas maneiras, todas mostrando que ele passou por aqui para deixar um legado de amor e compaixão. Beijos. Boa semana para você!
ResponderExcluirSylvana;
ResponderExcluirObrigado por teres publicado tão belo poema.
É que acabei de comentar num blog algo em que eu defendia precisamente o que aqui publicaste.
Uma vez mais obrigado.
bjs.
Osvaldo
É o inferno crucificado nas costas dos que louvam. Não só do rei, como dos servos.
ResponderExcluirA beleza pode se vestir em qualquer face, e é visível nesse poema.
Gostei do ambiente.
O amor de Deus é infinito ...deu-nos seu proprio Filho em holocausto porque muito nos amou. Oportuna a postagem . Beijos.
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