"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?".
- Cecília Meireles -
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?".
- Cecília Meireles -
O tempo realmente nos esconde as feições, mas acredito que da alma nem o tempo roube as emoções.
ResponderExcluirBeijos, parabéns pela feliz escolha!
Não se perdeu certamente o tempo fez as mudanças cabiveis, mas a alma sucumbiu.
ResponderExcluirBjos achocolatados
Sil, como é bom encontrar a senhora Cecília por aqui.
ResponderExcluirUm beijinho, menina
Silvana, gosto de passar por aqui, sempre que posso.
ResponderExcluirEsse poema que postou é um dos que gosto muito!
Tenho aqui uma releitura:
Espelho
Eu também não tinha assim
o rosto marcado pela vida,
larguei um pouco de mim
e fiquei lá atrás esquecida.
Quando saí desse esquecimento
Outra pessoa vi no espelho,
Aonde foi que andei todo tempo?
Então, caí em desespero.
É como um reflexo após o banho,
o vapor quente a nos esconder,
e não nos esforçamos para nos ver.
Mas hoje, passo a mão nesse aço,
vejo cada detalhe que há em mim
e de quem não conheço me desfaço.
Autoria: Maria Cristina Gama
que assina seus poemas como
Chris Amag
um dos clássicos de cecília.
ResponderExcluirlindeza demais vê-lo aqui!
venha ao um-sentir e veja algum começo de romance :)
grande beijo!
Todos nós vamos perdendo umas coisas e ganhando outras.
ResponderExcluirQuando se perde a beleza da juventude ganha-se a beleza interior de bons pensamentos, desejos e presença de espírito.
A felicidade não se torna tão efémera e passageira. Os anos dão-nos outra força de vida e de conhecimentos.
(se não acontece é porque alguma coisa está mal em nós)
Uma senhora poesia de Cecilia, que dispensa palavras. O puro reconhecimento do tempo, do fato, do fator inevitável, do passar...
ResponderExcluirAbraço grande, Silvana!