De madeira lilás (ninguém me crê)
se fez meu coração. Espécie escassa
de cedro, pela cor e porque abriga
em seu âmago a morte que o ameaça.
Madeira dói?, pergunta quem me vê
os braços verdes, os olhos cheios de asas.
Por mim responde a luz do amanhecer
que recobre de escamas esmaltadas
as águas densas que me deram raça
e cantam nas raízes do meu ser.
No crepúsculo estou da ribanceira
entre as estrelas e o chão que me abençoa
as nervuras.
Já não faz mal que doa
meu bravo coração de água e madeira.
- Thiago de Mello -
Maravilhoso poema. Uma conjugação perfeita entre as palavras e a natureza.
ResponderExcluirBelo post.
Um abraço, Ava.
"O silêncio, o que é o silêncio? perguntei ao mestre. - Uma floresta cheia de ruído."
ResponderExcluirAbraço.
Floresta...cada árvore uma vida...tão intensa...tão linda... dividindo o espaço com a terra, água ...vento...com a luz do Sol...com a luz da Lua...belo poema...
ResponderExcluirTenha uma ótima semana!
Beijos...
Valéria
Floresta é vida, côr, cheiro e amor.
ResponderExcluirAdoro vir aqui.
Beijinhos
OLA SILVANA, MARAVILHOSO POEMA...GOSTEI MUITO...VOTOS DE UMA OPTIMA SEMANA!!!
ResponderExcluirBEIJOS DE AMIZADE,
SUSY
Conjugação entre a floresta, vida sussurrante.
ResponderExcluirEntre as braças e os ramos se estendem e se compreendem vidas que nos passam quase despercebidas
Ah, mas só podia ser Thiago de Mello, eu logo vi que só podia se tratar de uma estrela de primeira grandeza do mundo poético. Adorei essa poesia. Belíssima!
ResponderExcluirVou até copiar, Silvana! Vou guardar nos meus arquivos de coisas que eu gosto.
Obrigada por postar, pois eu não a conhecia.
Beijos pra ti e boa semana.
Madeira lilás...ó...lembrei aqui do meu bloguinho roxo-violeta-lilás... Não conhecia o poema, que lindo que é!!!
ResponderExcluirBeijos
Esse versejar com tema dando voz aos que não falam, é sempre muito lindo e as estórias sempre nos encantam.
ResponderExcluirLindo poema Silvana, gosto muito de poemas que exaltam a natureza.
ResponderExcluirParabéns pela escolha.
Grande abraço, boa semana!
CANTA CADERNINHO CANTA
ResponderExcluirQUE À FLOR DA GARGANTA
HÁ A DOÇURA DO MEL
NA CRUEZA DA AVENTURA
E O FIO QUE TECE AO FEL
O TRAÇO CLARO DA TERNURA.
CANTA CADERNINHO CANTA
QUE OS SEUS MALES ESPANTA
QUANDO AS VELAS DO MOINHO
MOEM O BAGO DA UVA
COM A MÓ DO CARINHO
QUE SOPRA O SOL DA CHUVA
E CONSTROI A MANHÃ
COM GOTAS DE ROMÃ.
nINGUÉM (jORGE mANUEL bRASIL mESQUITA)
26/04/2010 - 13h57 - bIBLIOTECA nACIONAL
ETPLURIBUSEPITAPHIUS.BLOGSPOT.COM
Poder de dá vida a natureza, ela que tanto faz parte de nós humanos....
ResponderExcluirlindo poema!
Nós todos em nossa ideologia de sermos racionais, em verdade pouco sabemos de tudo que nos rodeia.
ResponderExcluirDe certo somos racionais, mas eternamente crianças para o todo que nos rodeia.
Parabéns pela postagem!
Ótima semana.
Quem sabe poderíamos pensar mais em dar valor a tudo e a todos que tem vida, ao invés de valorizarmos o inanimado!
Bjos!
Maravilhoso poema Silvana! Vou acompanhar o seu lindo blog. Beijos no seu coração, ;)
ResponderExcluirhttp://arslitterayelizus.blogspot.com
Minha querida
ResponderExcluirLindo poema,adorei uma maravilha de belas palavras.
beijinhos
Sonhadora
Perfeita sua escolha Silvana! Lindo demais, poesia em cada letra...
ResponderExcluirNunca pensei em meu coração assim, feito de água e madeira. E não é que é mesmo?
ResponderExcluirLinda poesia, aliás, todo lindo esse caderno cheio delas.
silvana, hoje na prova de seleção, apareceu o poema - o animal da floresta - varias perguntas.... uma delas.... a "madeira lilás" traz em si a causa de sua propria morte? a minha resposta foi afirmativa, o q vc acha? e tb... no ultimo verso a referencia é a dois elementos naturais q participam do "bravo coração" do "animal da floresta" - eu tb confirmei, o q acha?
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