"Quando saia de casa
percebeu que a chuva
soletrava
uma palavra sem nexo
na pedra da calçada.
Não percebeu
que percebia
que a chuva que chovia
não chovia
na rua por onde
andava.
Era a chuva
que trazia
de dentro de sua casa;
era a chuva
que molhava
o seu silêncio
molhado
na pedra que carregava.
Um silêncio
feito mina,
explosivo sem palavra,
quase um fio de conversa
no seu nexo de rotina
em cada esquina
que dobrava.
Fora de casa,
seco na calçada,
percebeu que percebia
no auge de sua raiva
que a chuva não mais chovia
nas águas que imaginava".
- Mario Chamie -
Aproveite e Visite:
http://www.silnunesprof.blogspot.com/
percebeu que a chuva
soletrava
uma palavra sem nexo
na pedra da calçada.
Não percebeu
que percebia
que a chuva que chovia
não chovia
na rua por onde
andava.
Era a chuva
que trazia
de dentro de sua casa;
era a chuva
que molhava
o seu silêncio
molhado
na pedra que carregava.
Um silêncio
feito mina,
explosivo sem palavra,
quase um fio de conversa
no seu nexo de rotina
em cada esquina
que dobrava.
Fora de casa,
seco na calçada,
percebeu que percebia
no auge de sua raiva
que a chuva não mais chovia
nas águas que imaginava".
- Mario Chamie -
Aproveite e Visite:
http://www.silnunesprof.blogspot.com/
Um passear na calçada da alma, maravilhosamente expresso.
ResponderExcluirGostei imenso!
L.B.
Que poema mais lindo de Mario Chamie... que riqueza de palavras... chuva interior...chuva na alma...adorei...
ResponderExcluirBeijos...
Linda essa chuva cheia de percepções, cheia de vida e no mais íntimo!
ResponderExcluirbjs
É incrivél a forma com a qual podemos expressar as lágrimas que inundam a alma.
ResponderExcluirSão lágrimas retratadas como gotas de chuva.
Quem dera as chuvas chovidas em nós fossem todas de verão, no entanto existem aquelas que perduram muito mais que uma breve estação.
Meus sinceros parabéns pelo poema escolhido.
Beijos!
Nossa!
ResponderExcluirQue sensibilidade poética postar esses poemas que mexem com o imaginário... Neste poema, o pleonasmo é "Arte", tudo ganha um significado especial.
Fascinante!
Chris Amag
Silvana, tem um mimo para você no meu blog, passe lá para pegar, um selo da Chris Amag para os "Blogs Fascinantes"
Ou copie e colo o endereço do link do selo abaixo:
http://lh5.ggpht.com/_IXPFczrCUPA/S8UlDSqupZI/AAAAAAAAApg/mpTqiMspyzA/Selo_Chris_Amag.gif
Bjs
Chris
eu queria tanto ler livros de poesia, mas na hora de comprar sempre acabo pegando algum romance
ResponderExcluirmuito bonito
Lindo mesmo.beijinhos
ResponderExcluirtexto belooo!
ResponderExcluirBeijinhos.
Belo, Silvana.
ResponderExcluirNão conhecia.
Obrigada pela partilha.
Beijinhos
Olá Silvana!
ResponderExcluirLinda postagem,com um poema maravilhoso...
Parabéns pela escolha!!!
Beijinhos de carinho e amizade
Lourenço
Não conhecia este poema e fiquei encantado de o ler. A chuva interior que nos molha em molhos de lágrimas invisíveis.
ResponderExcluirMuito boa escolha
Os acontecimentos que nos atingem desagradavelmente, fazem isso com a gente...Raiva, e tanta que achamos estar fora de nós o que nos consome por dentro. Perfeita sua escolha, obrigada por dividir conosco.
ResponderExcluirPor aqui ,vale a pena andar á chuva.
ResponderExcluirBeijo.
Silvana, belíssimo poema, não o conhecia e vou guardá-lo comigo, que adoro colecionar chuvas caídas em versos! Beijos
ResponderExcluirLindo poema. Essa chuva que nos molha mas também lava alma.
ResponderExcluirMuito lindo este poema.
ResponderExcluirA chuva que nos molha por dentro, a dor calada, a emoção sofucada...
Adorei.
Branca
Maravilhoso poema!! Obrigada pela partilha Sil!!
ResponderExcluirÓtimo final de semana!
bjos =*