Quem nasce lá na Vila
Nem sequer vacila
Ao abraçar o samba
Que faz dançar os galhos,
Do arvoredo e faz a lua,
Nascer mais cedo.
Lá, em Vila Isabel,
Quem é bacharel
Não tem medo de bamba.
São Paulo dá café,
Minas dá leite,
E a Vila Isabel dá samba.
A vila tem um feitiço sem farofa
Sem vela e sem vintém
Que nos faz bem
Tendo nome de princesa
Transformou o samba
Num feitiço descente
Que prende a gente
O sol da Vila é triste
Samba não assiste
Porque a gente implora:
"Sol, pelo amor de Deus,
não vem agora
que as morenas
vão logo embora
Eu sei tudo o que faço
sei por onde passo
paixao nao me aniquila
Mas, tenho que dizer,
modéstia à parte,
meus senhores,
Eu sou da Vila!
Nem sequer vacila
Ao abraçar o samba
Que faz dançar os galhos,
Do arvoredo e faz a lua,
Nascer mais cedo.
Lá, em Vila Isabel,
Quem é bacharel
Não tem medo de bamba.
São Paulo dá café,
Minas dá leite,
E a Vila Isabel dá samba.
A vila tem um feitiço sem farofa
Sem vela e sem vintém
Que nos faz bem
Tendo nome de princesa
Transformou o samba
Num feitiço descente
Que prende a gente
O sol da Vila é triste
Samba não assiste
Porque a gente implora:
"Sol, pelo amor de Deus,
não vem agora
que as morenas
vão logo embora
Eu sei tudo o que faço
sei por onde passo
paixao nao me aniquila
Mas, tenho que dizer,
modéstia à parte,
meus senhores,
Eu sou da Vila!
Composição: Noel Rosa / Vadico
..........................
Noel de Medeiros Rosa (Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 1937) ,foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil. Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro e no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira.
..........................
Noel de Medeiros Rosa (Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 1937) ,foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil. Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro e no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira.
Uma boa escolha com este poema simples, mas sempre com uma mensagem que gostamos de saborear.
ResponderExcluirE viva Noel, o poeta da Vila!! Um grande beijo no seu coração, Silvana, boa noite ;)
ResponderExcluirLembrar de Noel é ter o coração sensível para a simplicidade de quem canta a vida comum com beleza e sinceridade. Beijos
ResponderExcluirE pensar que grandes nomes do samba eram marginalizados em sua época, vistos como boêmios, vagabundos... Nem sabiam que estavam definindo uma importante marca na identidade cultural brasileira...
ResponderExcluirTem um selo pra vc aqui:
ResponderExcluirhttp://blogdomacagnan.blogspot.com/2010/09/de-volta-e-com-o-seu-chico.html
Boa semana!
Belíssima escolha, Noel Rosa na sua "simplicidade" nos encanta.
ResponderExcluirBeijos
Noel Rosa é uma grande referência, inesquecível.
ResponderExcluirAdoro passar por aqui, nunca me decepciono com as suas escolhas viu?!!
ResponderExcluirMas tem umas que me atenho mais, e essa é uma delas...
Obrigado por nos brindar com tamanha simplicidade viu?!! Letra belíssima!!
Abraços Silvana