A morte alheia tem anedota
que prende o morto ao dia-a-dia,
que ainda o obriga a estar conosco
já morto, ainda aniversaria.
Só que não vamos pelo morto:
Queremos ver a companheira,
a mulher com que agora vive;
comprá-la, de alguma maneira.
Dizer-lhe: do marido de hoje
mais do que amigos: fomos manos;
para que, amiga, salte um nome
de seu preciso livro Quandos.
que prende o morto ao dia-a-dia,
que ainda o obriga a estar conosco
já morto, ainda aniversaria.
Só que não vamos pelo morto:
Queremos ver a companheira,
a mulher com que agora vive;
comprá-la, de alguma maneira.
Dizer-lhe: do marido de hoje
mais do que amigos: fomos manos;
para que, amiga, salte um nome
de seu preciso livro Quandos.
( João Cabral de Melo Neto)
Não conhecia este poema, embora aprecie muito o autor.
ResponderExcluirObrigada por mo dar a conhecer.
L.B.
Forte, muito forte estes versos.
ResponderExcluirbjs
Querida amiga, sempre quando o problema é alheio se fazem piada, mas quando é conosco tudo muda de figura. Linda poesia...Beijocas tenha um lindo final de semana.
ResponderExcluirMinha querida Silvana
ResponderExcluirLindo poema...adorei.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Com a morte não há barganha, quando ela vem na busca, leva. Não há argumentos que a impeça, mesmo tentando sermos amigo e intimo dela ou daquele que ela já levara.Esta ai um livro que tem pagina com nome de todos.
ResponderExcluirOmnia Vincit!
Ótimo final de semana>
Olá boa noite, bonito este poema, também eu não conhecia
ResponderExcluirBeijinho
Bom fim de semana
Silvana
ResponderExcluirBelo poema de Joâo Cabral de Melo Neto, boa opção tua a mostrar sensilidade poética.
Gostei.
Beijos
Querida Amiga, amo João cabral de melo Neto, belíssimo poema...Beijocas
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